Os chakras são os centros nervosos, vibratórios, que têm a função de canais de atuação da consciência nos planos manifestados, na própria alma. Eles estão situados ao longo da coluna vertebral que tem a função de distribuir a energia vital (o Prana) para todas as funções do corpo. Cada chakra tem a sua característica e a densidade da sua vibração. Quanto mais baixo for situado o chakra mais próximo do plano terreno é a sua função, isto é, mais ligado estará ao mundo limitado material-manifestado e mais densa será a sua função.
Quanto mais elevado está situado o chakra, mais sutil e abstrata será a sua função.
O primeiro chakra, o coronário é o centro da consciência espiritual, é o centro de armazenamento e distribuição da energia vital, Pránica, dele toda a energia emana. O chakra coronário é o limite da nossa manifestação humana, é o ponto no qual se concentra a energia pura do universo abstrato para distribui-la à personalidade individual. Além deste ponto unimo-nos à "unidade universal - Deus", além dele existe a perda total da individualidade. O yogue que alcança a concentração perfeita neste chakra entra em estado de Samadi que é a unificação com a unidade universal.
O chakra frontal é o ponto mais elevado no qual a consciência pessoal se manifesta, é o ponto no qual se forma a primeira idéia do "Eu" na sua forma mais pura e impessoal, é o centro da vontade e da projeção do ego.
O chakra abaixo do frontal, o laríngeo, é o menos denso dos cinco chakras da manifestação dos elementos, ele é do elemento éter e nele são exercidas as funções mais sutis e abstratas da nossa personalidade como: o pensamento, audição, comunicação, auto-expressão, criatividade, aprendizado, aceitação, recebimento e imaginação.
O chakra cardíaco é do elemento ar e se situa no ponto médio entre todos os chakras e tem as funções do amor espiritual, generosidade, compaixão. É o instrumento criado por Deus para expressar nos planos limitados da matéria os sentimentos puros de amor e dádiva, mas, como tudo no plano manifestado é dúplice, também aqui temos a possibilidade de manifestar cada sentimento com o seu oposto. Este chakra é o ponto de transição entre o baixo e o alto vibratóriamente, representando assim a estrela de David. De um lado: consciência elevada e evoluída, ideais sublimes, criatividade e sociabilidade (os chakras superiores) e do outro lado: sobrevivência, segurança, sensualidade, sexo e poder (os chakras inferiores).
O chakra do plexo solar é do elemento fogo, regula o calor do corpo, distribui a energia prânica para o corpo físico, ele tem o Poder, a energia da vontade, a força da realização, o fogo do desejo e o poder das emoções, a consciência do ego na arrogância, O ódio, o desejo de controlar, de possuir e dominar.
O chakra esplênico (plexo sacro) é do elemento água, está situado atrás dos órgãos sexuais e do sistema de reprodução, está ligado ao paladar. Ele desperta os sentimentos inconscientes da busca do prazer e da excitação sensual. As vibrações deste chakra invocam sentimentos de prazer e dor, necessidade de ser amado, segurança emocional, solidão e romantismo; é chamado também o chakra da "familia".
O chakara da base, onde o Kundalini fica adormecido, é do elemento terra, a parte mais densa da manifestação humana, ele controla o olfato e os sentidos mais básicos como: preservação da vida, agressividade, impulso animal de instintos de sobrevivência e auto-preservação, e também como reações primitivas do ego, medo, abrigo, segurança pessoal e sentimento de estabilidade. Aqui estão contidas as impressões subconscientes do passado que determinam o nosso karma.
Todas essas vibrações atraem a atenção do espírito e da consciência como âncoras ligadas no plano material, obrigando a mente a percorrer incessantemente o plano dos sentidos, reforçando assim a troca de energias prânicas entre mente e matéria (através dos chakras) e desta maneira estabelecendo um cenário ilusório de "realidade", parcial e incompleto, criando assim a consciência errônea de ser corpo físico.
Para conceber Deus universal conscientemente é necessário desprender-se do plano material, desligando, uma após uma, as âncoras energéticas que nos ligam ao corpo físico e aos seus sentidos, subindo através do canal energético central das correntes prânicas (a coluna vertebral) elevando todas as vibrações e estados de consciência inferiores para o canal da mente superior.
A mente, livre de atrativos materiais e da armadilha karmica dos sentidos, consegue entrar em estado de silêncio e paz interior, subir com a sua atenção ao topo do canal vibratório humano, para então desprender a sua atenção da matéria e entrar na mente superior, em contato direto e consciente com o plano divino, desfrutando assim da sua eternidade e da sua infinidade.
Neste estado de beatitude, novos conhecimentos serão adquiridos, vindos da universalidade da Unidade Cósmica, transformando e transmutando essa mente num canal consciente ao serviço da hierarquia celeste, canal vivo..